Mulheres e crianças em territórios urbanos vulneráveis

É fato conhecido que os efeitos das mudanças climáticas são mais sentidos por populações pobres que vivem em áreas vulneráveis. Segundo os dados disponíveis, mulheres e crianças estão entre a parcela mais atingida: elas são 75% das pessoas pobres e as crianças representam 25% dos moradores de territórios considerados vulneráveis. Nas grandes cidades da América Latina, o planejamento urbano praticamente não leva em conta essa temática, retirando direitos das crianças, que passam tempo sozinhas, vivendo em bairros que não oferecem a infraestrutura necessária para seu desenvolvimento. Com a possibilidade de mais enchentes, deslizamentos e outros eventos extremos, a situação tende a piorar. Mulheres e crianças em territórios vulneráveis têm baixa resiliência por conta da situação socioeconômica em que vivem, mas a extensão desses danos ainda é pouco calculada por estudos e pouco considerada nas políticas públicas, alerta o artigo abaixo.