Intersecção entre racismo estrutural, determinantes sociais e desigualdades nos serviços de saúde
- Desigualdades e violências
- Saúde e cuidados
Diversos estudos mostram como a situação socioeconômica das crianças está relacionada à qualidade do acesso aos serviços de saúde. Só que ela, sozinha, não responde por toda a disparidade encontrada no mundo. Neste sentido, novos trabalhos mostram outros determinantes sociais da saúde com implicações importantes no desenvolvimento infantil: o viés de raça implícito do profissional.
O artigo Intersection of Bias, Structural Racism, and Social Determinants With Health Care Inequities ("Intersecção do preconceito, racismo estrutural e determinantes sociais com desigualdades na assistência à saúde", em português), publicado no periódico Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria, por Tiffani Johnson, pediatra na Universidade da Califórnia em Davis, chama a atenção para essa intersecção.
Entre os dados destacados está o de que crianças negras saudáveis estão em maior risco de complicações pós-operatórias. Por outro lado, elas recebem menos analgésicos na recuperação de um procedimento. Mudar esse cenário exige um combate mais firme ao racismo estrutural e uma mudança de comportamento da própria classe médica, aponta Johnson. O texto está disponível em inglês.
*Conteúdo publicado originalmente no jornal Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria